Ilha Bela é a Única Cidade do Estado de S.P. Selecionada pelo Ministério do Turismo como Referência Nacional

3 09 2007

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Ilhabela, no litoral norte, é a única cidade do Estado de São Paulo inserida pelo Ministério do Turismo nos 65 destinos turísticos brasileiros contemplados nas metas do Plano Nacional do Turismo 2007-2010. A exceção é a capital paulista, já que todas as capitais brasileiras também foram selecionadas. São Paulo e Ilhabela serão capacitadas para servirem como indutoras do turismo no Estado.

Na última sexta-feira, o prefeito Manoel Marcos Ferreira (PTB) e o secretário municipal de Turismo e Fomento, Ricardo Fazzini, estiveram no Rio de Janeiro com a ministra do Turismo, Marta Suplicy, para obter mais detalhes sobre o processo. O plano prevê as principais estratégias do governo para o setor nos próximos quatro anos. Por este motivo a cidade servirá de modelo de destinos indutores do desenvolvimento turístico regional.

“Essas serão as 65 maravilhas do Brasil”, declarou a ministra Marta Suplicy, em alusão à escolha do Cristo Redentor como uma das Sete Maravilhas do Mundo. Segundo Tânia Brizolla, coordenadora do programa, a definição dos municípios selecionados para capacitação permitirá que o programa ganhe maior qualificação e sustentabilidade. “Considero que esta segunda fase será o novo marco para o programa de regionalização”, afirmou.

“Para ser considerada um destino, o município deve possuir infra-estrutura básica e turística, ter atrativos qualificados e ser um núcleo receptor e distribuidor de fluxos turísticos”, explicou Airton Pereira, secretário Nacional de Políticas do Turismo, que anunciou a escolha de Ilhabela na semana passada.

O Ministério do Turismo informou que existem R$ 400 milhões a serem distribuídos entre as 65 cidades. “Mas esse valor pode chegar a R$ 1,2 bilhão se considerarmos as emendas parlamentares”, observa Ricardo Fazzini. Os investimentos servirão para melhorar a infra-estrutura turística da cidade. O ministério informou também que obras de estradas e saneamento básico farão parte do pacote de infra-estrutura, que receberá apoio de outros ministérios, como o do Meio Ambiente, Saúde e das Cidades.

“O Brasil é o sétimo destino em capitação de eventos internacionais, até quatro anos atrás éramos o vigésimo”, lembrou a ministra Marta Suplicy. “Temos todo o setor de lazer que ainda não entrou no mercado”, completou. Ela disse ainda que, segundo estatísticas de sua pasta, “somente 1,2% dos turistas americanos, que são os maiores emissores do mundo, vêm para o Brasil”.

Processo de seleção

O Ministério do Turismo realizou um minucioso processo seletivo para chegar aos 65 municípios que, conforme prevê o plano, serão os indutores do turismo em suas respectivas regiões. O primeiro passo foi escolher justamente os municípios com real potencial turístico. Foram pesquisadas 200 regiões e 3.819 cidades. Na segunda fase o ministério chegou a 149 regiões e 1.207 municípios. Na terceira avaliação, chegou-se a 116 regiões, 474 municípios pesquisados e 87 roteiros selecionados.

O secretário Ricardo Fazzini explica que a partir desta fase, o ministério detectou quais cidades realmente tinham expoentes que atendiam ao plano, como potencial turístico, trabalho regional, produto turístico formatado e também como destino de especialidades (sol, mar, mergulho, ecoturismo, regioso, entre outras).
“A parte inicial do projeto estará concluída até o início de janeiro do próximo ano. A segunda fase iniciará em seguida”, disse Fazzini. Apenas para a segunda fase estão previstos investimentos de R$ 2 milhões, segundo a ministra. Marta Suplicy lembrou que será importante a parceria entre os municípios, Estado e governo federal. “Eu já fui prefeita e sei como é importante manter uma parceria entre os três (poderes)”, declarou, durante o lançamento do plano, no Rio de Janeiro. Para ela, quanto maior o grau de desenvolvimento, maior a agilidade de investimento.
Nos próximos anos o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas), do Rio de Janeiro, parceiras no projeto com o Ministério do Turismo, farão uma avaliação obrigatória dos municípios. “Não importa o município que tem melhor infra-estrutura, mas sim, o que mais evolui”, destacou Marta.

A primeira avaliação será feita logo nos seis primeiros meses, mas os resultados serão apurados anualmente. Os pesquisadores vão observar a infra-estrutura básica, a turística, meio ambiente, sociedade, atividade econômica, atratividade turística, marketing e promoção, monitoramento, capacidade empresarial, setor público, cultura e cooperação regional.
Processo acelerado

A cidade de Ilhabela já tem em curso grande parte das obrigações que terá para cumprir as metas. Na questão do meio ambiente, por exemplo, já extinguiu o lixão e atualmente encaminha os resíduos para fora do município. Também possui coleta seletiva e já está trabalhando a todo vapor para tentar obter o selo “município verde”, criado neste ano pelo governador José Serra (PSDB).

O Plano Gestor é outro exemplo de avanço. “Definitivamente estamos muito à frente neste processo, francamente quando fizemos plano gestor eu mesmo não imaginava o tamanho do bem que estávamos fazendo para o município, ele encaixa pefeitamente”, frisa Fazzini. Ele acrescentou que deverá procurar os outros municípios do litoral norte para que passam a fazer parte do processo. “As cidades vizinhas podem requerer recursos como ‘municípios induzidos’, desde que elencados em conjunto com o município indutor”, explica o secretário.

O prefeito Manoel Marcos e o secretário Ricardo Fazzini já agendaram com a diretora do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, Tânia Brizola, e com o secretário executivo do Ministério do Turismo, Luiz Eduardo Barretto Filho, uma reunião em Brasília para conhecer os próximos passos que Ilhabela deverá seguir, uma vez que a cidade é a única exceção do plano, pois não faz parte de um roteiro aprovado.

“Porém fomos selecionados por trabalharmos de maneira regional, não só no litoral norte, como no Vale do Paraíba e também com os circuitos paulistas”, salientou Fazzini. De acordo com ele, a presença de Ilhabela em todas essas instâncias fez com que o ministério despertasse o interesse e a incluísse como destino turístico no projeto.

“A meta do Ministério do Turismo é estruturar 65 destinos com padrão de qualidade internacional e alavancar, desta forma, o turismo da região, já que comprovadamente o turista não viaja para um destino e sim para uma região turística, ou seja, aqueles que possuem infra-estrutura básica e turística e atrativos qualificados, que se caracterizam como núcleo receptor e distribuidor de fluxos turísticos, que são capazes de atrair e distribuir significativo número de turistas para seu entorno e dinamizar a economia do território em que está inserido”, explicou Fazzini.

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